Forum Português de Música

Fórum onde se discute música clássica e cultura em geral.

 

Forum Português de Música
Start a New Topic 
Author
Comment
View Entire Thread
Discordo

Não vejo nada de errado no facto duma orquestra portuguesa gravar compositores estrangeiros conhecidos.

Re: Discordo

´´Pois sim...


É por isso que por exemplo a música do Tomas Adès, bem vivo mas cuja veia criativa não me fascina, dá todos os dias a volta ao mundo: é tocado constantemente pelas orquestras e agrupamentos ingleses.

Assim se afirma um país e se projecta para história que acaba por marcar.

As orquestras portuguesas que continuem a tocar Brahms e Tchaikovski...

São coisas diferentes

Por acaso nem me lembro sequer de alguma vez ter ouvido falar nesse compositor. Pelos vistos essa medida não é assim tão eficiente quanto isso. A música britânica nem sequer me parece ser assim tão ouvida como isso fora do Reino Unido, pelo menos em Portugal.
(já quanto à música americana, com a A2 à cabeça dos seus promotores, a conversa é outra)
Se o que se pretende é projectar a música portuguesa em Portugal, é uma questão. Se se pretende projectar a mesma no estrangeiro é outra.
Para todos os efeitos, se o que se pretende é projectar a música Portuguesa em Portugal, a orquestra do Porto deve de facto gravar música orquestral portuguesa, mas toda ela e não apenas a de FLG (muito menos música de câmara, visto ser uma orquestra), se essa for a estratégia definida por quem de direito. Já existiram no passado projectos semelhantes, com maior e menor sucesso, mas havia uma estratégia por detrás deles. Não existindo nenhuma que englobe a orquestra do Porto, esta deve gravar o que muito bem entender; certamente que os seus responsáveis sabem o que fazem. Enquanto não existir qualquer estratégia no sentido de divulgar prioritariamente música portuguesa, compete a essa orquestra, e a todas as outras, gravarem o que estiver de acordo com as suas estratégias.
Nos últimos tempos tem-se assistido a uma campanha crescente contra a música mais conhecida, seja ela Beethoven, Mozart, neste caso Brahms e Tchaikovski, sendo a mesma bastante notória quer aos microfones da A2 quer aqui. Ainda não percebi qual foi o «crime» dos compositores visados. Será que foi o de comporem boa música, tão boa que ultrapassou as fronteiras nacionais e se tornou universal, resistindo até ao tempo?

Re: São coisas diferentes

O que eu pretendi dizer é que não faltam grandes interpretações dos concertos de Brahms ou das sinfonias de Tchaikovski.

Assim sendo, não se compreende que uma orquestra portuguesa também grave essas obras pois haverá certamente muito poucos compradores e assim deitou-se dinheiro fora.

Ainda quanto à opção da Orquestra do Porto de gravar esses discos:

Onde estiveram à venda?
Quais as referências nas revistas da especialidade?
Quantos discos se venderam?

Continuo a pensar que seria muito mais útil para os portugueses que gravassem a nossa música, que a divulgassem, ou não é o nosso dinheiro que faz funcionar a Orquestra do Porto?

As sinfonias de Freitas Branco foram gravadas nos anos 50 pela Emissora Nacional e depois nos anos 70/80 por uma orquestra húngara – mas não havia nesse tempo uma orquestra nacional de qualidade para o fazer. Mas agora, segundo dizem, há.

Desculpem este desabafo mas que vejo eu em Espanha, França ou Inglaterra? A música dos seus compositores a ser divulgada.

E nós gravamos Brahms e Tchaikovski!

Que parolice…

Re: Re:

>>>Que parolice…<<<

É uma maneira de ver as coisas.
Tenho vários LPs de orquestras espanholas interpretando Brahms e Tchaikovsky.
Há quem considere parolices acharmos que só os outros é que podenm gravar Brahms e Tchaikovsky.
Quanto a Freitas Branco, vai ver que Cassuto resolve isso, é uma questão de tempo.
A orquestra do Porto não tem peso comercial para conseguir editar música portuguesa no estrangeiro. A orquestra do Algarve tem.
O que é preciso é calma.

Concordo

Qual é o país onde as orquestras locais não gravam Brahms e Tchaikovski? São todos parolos?

Pois é... Assim nao vamos lá...

Pois...
Uma coisa é gravarem esses romanticos e conseguirem fazer interpretaçoes que sao consideradas pelos menos "relevantes". Outra é fazerem interpretaçoes que só quem nao conhece o que já existe ou algum desprevenido, irá comprar. A ténue diferença entre o que faz história e as ediçoes destinadas a serem "monos" que um dia serao vendidas a cinquenta centimos para desampararem a loja...

Re: AFINAL NÃO ESTOU TÃO SÓ

Ainda a propósito da gravação do Concerto de Piano nº 2 de Brahms pela ONP, hoje, no PÚBLICO, Catarina Fernandes, escreve:

“… Seria porém desejável que o excelente nível da generalidade dos instrumentistas da ONP pudesse também ser posto ao serviço de gravações de música portuguesa."