Na próxima quarta-feira, dia 30 de Março, às 18h30, no Pequeno Auditório da Culturgest, terá início o ciclo de conferências Especulações Críticas sobre Cinco Momentos da Música do Século XX, conduzidas pelo Maestro António Pinho Vargas. A entrada é livre no limite dos lugares disponíveis.
Sobre estas conferências escreveu o Maestro Pinho Vargas:
Partindo de uma temática particular em cada um dos cinco momentos estas especulações críticas levantam hipóteses novas ou mesmo heterodoxas sobre a música do Séc.XX.
Face às narrativas artísticas e ideológicas auto-construídas procura-se levantar alguns véus e propor visões alternativas em relação aos discursos habituais.
António Pinho Vargas
O programa das conferências é o seguinte:
30 de Março · Schoenberg-Stravinsky-Adorno-Webern: uma constelação psicológica complexa.
Análise das múltiplas relações entre os três compositores e o filósofo da nova música.
6 de Abril · Óperas e discursos: autolegitimação e “inconsistências estilísticas”: Berg, Stravinsky, Zimmermann e Ligeti.
Investigação sobre o uso de “estilos” nas óperas destes compositores e dos discursos críticos sobre o assunto.
13 de Abril · Pierre Boulez - estruturas ou invenções, uma autocrítica prática.
Partindo do livro de Boulez Jalons de 1989, passagem em revista das perspectivas críticas do próprio sobre as suas obras da primeira fase e das obras recentes.
20 de Abril · Músicas de 60: um espírito do tempo e as relações esquecidas.
Contaminações: Improvisação, obra aberta, free jazz, oriente, zen; relações entre a high e low culture.
27 de Abril · Anos 80: arte, política, economia e como chegamos até aqui.
O plano Marshall e a vanguarda de 50, o fim do Cold War Style, o neo-liberalismo e o regresso paradoxal da ideologia soviética da "arte para o povo".
António Pinho Vargas nasceu em 1951. Licenciou-se em História pela Faculdade de Letras do Porto. Diplomou-se em Composição no Conservatório de Roterdão em 1990 com Klaas de Vries, como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian. Frequentou seminários de composição com Gyorgy Ligeti na Hungria e Franco Donatoni em Itália. Recebeu a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique em 1995 pelo Presidente da Répública Portuguesa.
Ligado ao jazz vários anos, gravou 7 discos com composições originais e tocou em muitos países da Europa e nos EUA. Compôs para os filmes de João Botelho: Tempos Difíceis (1988) - Prémio I.P.C. para a melhor música de Cinema - Aqui na Terra (1993) e Quem és tu? (2001); e de José Fonseca e Costa: Cinco Dias, Cinco Noites (1996), - Prémio da melhor música do Festival de Cinema de Gramado (Brasil) e O Fascínio (2003).
Sobretudo a partir da sua estada na Holanda, António Pinho Vargas tem-se dedicado principalmente à composição erudita contemporânea, ocupando lugar de relevo no actual panorama português. Obras suas foram executadas em França, Alemanha, Holanda, Bélgica, Hungria, Suécia, Espanha, Brasil, Inglaterra, EUA e Austrália. Participou no Festival Other Minds V em S. Francisco em 1999 e obteve uma bolsa da Fundação Rockefeller para uma estadia do Bellagio Study Center em Itália em 2001.
Entre as obras mais importantes encontram-se Mirrors para piano, o quarteto de cordas Monodia, tocado pelo Quarteto Artis de Viena, Smith Quartet e incluido no CD do Arditti String Quartet Portuguese Chamber Music da Etcetera Records; o sexteto de cordas Nocturno/Diurno, a peça para 6 percussionistas Estudos e Interlúdios composições para orquestra: Acting Out, A Impaciência de Mahler; as óperas Édipo, Tragédia de Saber, Os Dias Levantados e a Oratória Judas para Coro e Orquestra. Irá estrear na abertura da Casa da Música a sua peça Six Portraits of Pain para Violoncelo Solo e Large Ensemble com Anssi Karttunen como solista.
A Culturgest organizou um Festival António Pinho Vargas em 2002 com a maior parte da sua obra e no mesmo ano, editou na Afrontamento, o livro Sobre Música. Em 2004 foi editado o CD Os Dias Levantados. É professor de Composição na Escola Superior de Música de Lisboa desde 1991 e membro fundador da direcção artística da OrchestrUtópica.
Para mais informações, pedidos de imagens e marcação de entrevistas, não hesitem em contactar o Gabinete de Comunicação.
Aproveito ainda para vos desejar um ÓPTIMO FIM DE SEMANA E UMA ÓPTIMA PÁSCOA!!!
Os melhores cumprimentos,
Filipe Folhadela Moreira
Gabinete de Comunicação
Culturgest
T.: (+351) 217905454
F.: (+351) 218483903
filipe.folhadela@cgd.pt
www.culturgest.pt
Re: Conferências na CULTURGEST - António Pinho Vargas
Maestro? Alguém me sabe dar a definição de Maestro? Mas anda tudo louco?????
Chamem as pessoas pelos nomes… Professor António Pinho Vargas, Compositor António Pinho Vargas e basta…. Maestro porque?
Penso que maestro é uma pessoa que dirige uma Orquestra ou um agrupamento musical.
Obs. O professor António Pinho Vargas é um bom pianista de jazz ponto final paragrafo.
Sim também já escreveu umas musiquinhas giras, mas só estas porque o resto é intragável.
Re: Re: Conferências na CULTURGEST - António Pinho Vargas
Não querendo entrar no merito acerca das consideraçoes formuladas sobre a pessoa de Antonio Pinho Vargasenquanto compositor quero aquí dar uma opinião sobre a semantica de algumas palavras. Maestro ,vem do latim Magister, é aquele que tem "Maestria"(espero que se diga assim em Portugues também) nas coisas que faz.O significado que nós lhe demos no mundo musical moderno é meramente um signo de decadencia. Da mesma forma "virtuoso" é quem tem virtudes e não aquele palhaço que faz quinhentas notas por segundo, outra contradição em termos dos nossos tempos decadentes.
Acho que deste ponto de vista APV pode ser considerado Maestro embora o gostar ou não do trabalho dele faça parte da esfera pessoal de cada um de nós. Parece-me que APV tenha demonstrado o seu valor em muitas partes do mundo, os premio e afins falam por ele. A musica de Emanuel Nunes, é só um exemplo e uma opinião pessoal, é absolutamente horrenda mas mesmo assim não podemos discordar quando lhe se reconhece o titulo de maestro.
Re: Re: Conferências na CULTURGEST - António Pinho Vargas
Num aspecto você tem toda a razão. Não sou maestro e (eu) nunca usaria o termo em nenhum contexto, apesar da explicação correcta do uso do termo que Massimo dá.
Quando ao resto voçê é uma besta. Anónima, como é habitual nos blogs.
Ponha aí o seu curriculum ou simplesmente diga-me o que faz na vida para eu poder comentar!
Re: Re: Re: Conferências na CULTURGEST - António Pinho Vargas
Não acredito que o Antonio Pinho Vargas seja a pessoa que deixou o ultimo post. Parece-me impossivel imagina-lo a perder tempo com tamanhas banalidades, com coisas tão ordinarias.
No caso eu estivesse errado, no caso tivesse sido mesmo ele a deixar este recado posso so dizer-lhe: Antonio não te preocupas, nós somos o que fazemos e tu sem duvida fizestes muito. Num país que ainda não tem muito parece-me curioso ver tantos seres mesquinhos que escondidos atrás da mais vilhaca das atitudes, o anonimato, tentam de dar alivio as suas frustraçoes tentando de destruir aquilo que outros, melhores deles, conseguem fazer.
Fizessem eles qualquer coisa de jeito...mas é claro que não conseguem porqué se assim fosse não seriam anonimos ou não preciseriam de estar escondidos.
Antonio, quem sabe sabe, e quem não sabe não passerá do seu proprio anonimato como sua maxima expressão intelectual.
Bem haja,
Massimo
Re: Conferências na CULTURGEST - António Pinho Vargas
Não lhe posso dizer quem sou, pois arriscar-me-ia a quando me encontrasse que me agredisse fisicamente (partisse a cara), pois é o costume quando alguém é um pouco mais critico ou séptico para com o seu trabalho.