Aproveitando a publicidade feita pelo IGL ao concerto na Sé de Lisboa, aproveito para dizer que José Carlos Araújo vai tocar no Sábado e no Domingo próximos. Deixo aqui os programas e o curriculum.

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RECITAL DE ÓRGÃO

Igreja do Mosteiro de S. Salvador de Grijó

2 de Abril de 2005, 17:00h

Manuel Rodrigues Coelho (1555 - 1635)
Primeito tento do primeiro tom por De-La-Sol-Re

Carlos Seixas (1704 - 1742)
Sonata nº 48 em Sol Maior
Sonata nº 49 em Sol menor
(Allegro – Andantino – Amoroso – Allegro Assai)

John Stanley (1713 – 1786)
Voluntary em Ré menor
(Sicilliano – Andante)
Voluntary em Lá menor
(Andante – Allegro)

Wolfgang Amadeus Mozart (1756 – 1791)
Andante für eine Walze in eine kleine Orgel, KV 616

Johann Sebastian Bach (1685 – 1750)
Toccata em Sol Menor, BWV 915
(Passaggio – Adagio – Allegro – Adagio – Fuga - Passaggio)

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RECITAL DE ÓRGÃO
Igreja de Vagos, Aveiro, 03-04-2005, 19:00h

Anónimo (Séc. XVII)
Cuatro Piezas de Clarines

Girolamo Frescobaldi (1583 – 1643)
Toccata Quinta (Secondo Libro di Toccate, Canzoni, etc. 1637)

Carlos Seixas (1704 – 1742)
Sonata nº 49 em Sol menor
(Allegro – Andantino – Amoroso – Allegro Assai)

François Couperin (1668 – 1733)
Extraits de la Messe propre pour les Couvents de religieux et religieuses
Plein Jeu. [1er couplet du Kyrie]
Dialogue sur la Trompette. [5ème et dernier couplet du Kyrie]
Chromhorne sur la Taille. [5ème couplet du Gloria]
Récit de Tierce. [8ème couplet du Gloria]
Offertoire sur les Grands Jeux.
Elevation. Tierce en Taille.

John Stanley (1713 – 1786)
Voluntary em Lá menor
(Andante – Allegro)

Wolfgang Amadeus Mozart (1756 – 1791)
Andante für eine Walze in eine kleine Orgel, KV 616

Johann Sebastian Bach (1685 – 1750)
Toccata em Sol menor, BWV 915
(Passaggio – Adagio – Allegro – Adagio – Fuga – Passagio)

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José Carlos Araújo nasceu em Lisboa em 1988. Aluno de Rui Paiva e Cândida Matos na Escola de Música do Conservatório Nacional, trabalhou ainda com os maestros Stephen Bull e Armando Vidal.
Interessado pelo estudo e prática da música antiga, tomou parte em inúmeras conferências e seminários, nos quais teve oportunidade de contactar com intérpretes e especialistas de renome internacional como Jacques Ogg, Wilbert Hazelzet e Rui Vieira Nery, na Casa de Mateus, Miklós Spányi, Gerhard Doderer, Cremilde Rosado Fernandes, Ketil Haugsand, Ana Mafalda Castro, Hermann Stinders e Giorgio Cesaroli, entre outros.
A sua actividade como cravista e organista levou-o ao IV Festival Cultural Europeu de Rouen (na qualidade de bolseiro da Fundação Rotária Portuguesa), Festival de Cravo de Coimbra, Temporada de Órgão de Aveiro, ciclo de concertos no órgão histórico da Basílica dos Mártires (Lisboa), Centro Cultural de Belém, Biblioteca Nacional, Palácios de Queluz, Mafra, Ajuda e a alguns dos mais importantes órgãos históricos portugueses, tendo os seus programas procurado incidir particularmente sobre a música ibérica dos séculos XVII e XVIII.
No concurso de cravo “Carlos Seixas 2004” foram-lhe atribuídos o Primeiro Prémio e o Prémio Especial do Público.
Gravou para a RDP. Foi convidado dos programas "Fora de Série", "Jovens na Música" e "Ritornello".


Cumprimentos,
Maria Leonor Teles de Andrade

Como felizmente estava em Aveiro, fui ouvir o concerto no ciclo de inauguração do grande-órgão da Igreja de Vagos.
Antes de mais, digo que adorei.
Que idade tem, ao certo, José Carlos Araújo? Nas notas biográficas do programa, bem como no post anterior, diz que J. Carlos Araujo nasceu em 1988. Mas eu não acredito que, com 16 ou 17 anos, se possa tocar daquela forma um programa tecnica e interpretativamente tão transcendente. Particularmente a fuga que conclúi a tocata em Sol menor, BWV 915, de Bach, é de uma dificuldade a todos os níveis avassaladora.
Alguém me esclareça, sff.
Em todo o caso, e seja qual for a idade do organista, foi um concerto extraordinário.

José Carlos Araújo nasceu em 15 de Agosto de 1988. Tem, portanto, 16 anos.
A fuga é muito gira, não é? Quando estava a preparar o concerto, o José Carlos tocou-a algumas vezes para mim e gostei imenso dela. Para além de ser extraordinariamente difícil, é música de uma qualidade imbatível.

Cumprimentos,
Mariana

www.josecarlosaraujo.blogspot.com

Não exagerem. A fuga não é assim tão transcendente. É bastante arrevesada, mas «tocável». Precisa-se de pelo menos de um par de semanas para tocar "as notas todas" e mais algum tempo para formar ideias sólidas acerca do caminho a seguir em termos interpretativos, mas o prazer de apresentar uma obra de grande fôlego em público vale o esforço.
Ouvi alguém dizer, certa vez, que a fuga era demasiado extensa para que se conseguisse manter a concentração. Não me pareceu, por acaso. Demora cerca de 6 minutos. Imaginemos, por exemplo, a enorme fuga da grande sonata Op. 106 de Beethoven (Hammerklavier). Há quem a toque...
Gostei imenso do concerto. O novo órgão é magnífico.
Parabéns à Paróquia de Vagos. Também no seu caso valeu a pena o esforço.