Meu Caro senhor crítico,
Erros todos damos, evidentemente.
O senhor provou que, para além de não saber escrever português, também não sabe ler e muito menos interpretar uma escrita.
Não me dê conselhos. Corrija-me, quando eu errar. Agradeço-lho.
Fiquemos por aqui. Muito boa noite.

Não vou continuar com estas parvoíces, apesar de o sr. Absurdo me tentar provocar. Este Forum tem como tema a Música, reparou?
Não reparou porque se dedica a reparar nos erros (extremamente graves!!!!!) dos outros.
Mas esquece-se dos seus...

1) "Meu Caro senhor crítico"
"Caro" com maiúscula? Talvez tivesse sido melhor aplicá-la a "crítico" ou a "senhor", por uma questão de respeito e educação...

2)"Erros damos todos"
Bela construção. E já agora, a quem damos nós o erros?
Ao sr. Absurdo para divertir-se? Suponho que queria dizer "Erros cometemos todos"...

3)"Fiquemos por aqui"
Correcto!!! E concordo.

Só por respeito para com os forenses não o mando... dar uma volta, seu idiota.

E eu é que ainda sou o idiota... enfim!

"A concentração nos temas leva-nos". E não "levam-nos".

Caro amigo,

Tem toda a razão no que diz, efectivamente, esqueci-me, com a pressa sempre evidente quando escrevemos para foruns (no meu caso ainda pago o tempo da internet ao minuto) de mencionar alguns nomes importantíssimos, como os que refere. No entanto, creio talvez ter sido mal compreendido. Longe de mim menosprezar a Alemanha, musicalmente ou de outro ponto de vista. Se disse que actualmente não estará ao nível do que esteve, falo dos tempos de Bach, Beethoven ou Wagner, que foram efectivamente enormes. Não sei se Hindemith, Berg, ou Rihm já estarão nesses patamares, por muito que os admire. Creio que a Alemanha tem um altíssimo nível médio musical, e alguns génios, talvez mais na interpretação que na composição, actualmente. Mas o cerne da minha questão com o sr. Gonçalo não era tanto a questão de saber quem é melhor agora ou não. Para mim o ponto que mais me levou a intervir foi a apregoada supremacia total e absoluta do povo alemão, ou da nação alemã, sempre e para todo o sempre, numa espécie de teoria da superioridade racial que todos nós sabemos onde levou. Foi esse ponto apenas que me levou a intervir. Se no século XIX a música (composição) foi alemã e italiana, no século XX foi mais russa e francesa, e actualmente é mais americana e inglesa do que alemã. Os países nórdicos começaram a dar cartas desde Sibelius e agora estão imparáveis, o mesmo para os ingleses e americanos. O nível médio de uma orquestra alemã é altíssimo, concordo, mas prefiro, pessoalmente, as grandes orquestras inglesas, russas e checas dos anos 60 e 70, e actualmente há orquestras maravilhosas, como a de Gothenburg, a de Oslo, as da Rádio Dinamarquesa e Finlandesa, a Orquestra de Câmara da Escócia, entre várias outras, que têm tanta qualidade quanto as melhores orquestras alemãs. Mas isso nem está em discussão. Pretender que os alemães têm um qualquer gene da superioridade é que, quanto a mim, não só é profundamente errado do ponto de vista científico, face às novas descobertas da genética humana, como ainda muitíssimo perigoso face à história recente.


Nego-me a subscrever tais teorias e muito menos a ficar calado quando as oiço.



Cumprimentos a todos,


Sérgio Azevedo

Já agora, crieo que Rhim é muito tocado, realmente, mas é mais tocado na Alemanha que no resto do mundo.O meio musical alemão é tão poderoso que só por si pode tocar centenas de peças de Rihm todos os anos. Quanto a Werner Henze, é sem dúvida um dos compositores operáticos mais tocados da contemporaneidade, mas em termos de edição fonográfica e de concertos com obras não cénicas, compositores como Thomas Adés, Magnus Lindberg, Arvo Part, Gorecki e outros batem-no facilmente. Claro que a música não é um concurso deste tipo, mas creio, pela informação que tenho, que a música alemã contemporânea é realmente muito mais tocada na Alemanha que no resto do mundo. O mesmo se passa com alguma música nova inglesa, com excepções como Thomas Adès e James Macmillan que só confirmam esta hipótese. Infelizmente, a difusão da música nova é feita, não tanto pelo gosto dos ouvintes, que poderiam tornar obras verdadeiramente merecedoras, obras do repertório, mas sim pelas editoras mais poderosas da cena mundial, um pouco como o circuito das galerias de pintura, que mataram de certo modo o contacto natural entre o grande público e a arte plástica dos nossos dias.

Caro Sérgio Azevedo,


Estou absolutamente de acordo consigo em relação à questão da "superioridade alemã". Ninguém pode dizer uma coisa dessas.
Em relação à comparação entre o reconhecimento de Bach, Beethoven ou Wagner com Hindemith ou Rihm, aceito a sua teoria mas a história ainda tem muito por contar. Os primeiros já tiveram muito mais tempo, e vão tê-lo sempre, para ser reconhecidos, estudados e tocados. Álem disso, todas estas questões partem também muito do gosto pessoal.
O único ponto em que discordo do Sérgio será no que diz respeito às orquestras. Eu referia-me às orquestras alemãs da actualidade, suponho que o Sérgio também. Ok, é também uma questão de gosto pessoal mas garanto-lhe que talvez não seja a melhor ideia recorrer só a CDs para formular uma opinião sobre uma orquestra. As orquestras que nomeou referindo-se ao presente são de facto muito boas mas garanto-lhe nenhuma é melhor que a tal mediana alemã. E tudo depende também muito do repertório, do maestro, enfim um certo número de factores decisivos.
De qualquer forma obrigado pela resposta, é sempre um prazer trocar impressões com o Sérgio.

Cumprimentos!

Quando nomeou Berg, referia-se a Alban Berg?
Alban Berg é austríaco. Nasceu e morreu em Viena.

Desculpe a correcção.