Forum Português de Música

Fórum onde se discute música clássica e cultura em geral.

 

Forum Português de Música
Start a New Topic 
Author
Comment
BBC Vs. A2

Nunca percebi porque é que certos assuntos nunca interessaram a A2.
Há acontecimentos que são efusivamente celebrados ou pelo menos noticiados e há outros que são pura e simplesmente ignorados. Pelo meio há uns que são apenas referidos, «en passant». Não me vou alongar. Refiro apenas que numa rádio onde a conversa é obrigatória foi uma ocasião perdida. O problema é que teriam tido que trabalhar, em lugar de nos bombardearem com tretas como habitualmente, falando por falar, deles próprios. Além disso, teriam que arranjar convidados que não os habituais amiguinhos.


Lido num fórum internacional:
______________________________________________________________________

Fifty years ago next Tuesday, a certain conductor died.

The BBC is planning a broadcast to commemorate You-know-who's Todestag. I wonder if anyone lives within radio range of the Beeb, or has some relatives there, and could tape the thing for sharing (alternatively, if anyone has a setup to capture webcasts on CD I'd be much obliged if you could share a copy). The program is:

BBC's Schedule for 30 November 2004 - most likley BBC Radio3
>19:30
>
>The Furtwangler Legacy
>Rob Cowan introduces an evening devoted to the career of the legendary
>German conductor Wilhelm Furtwangler, who died 50 years ago today.
>Furtwangler was revered by his fellow-musicians, but his later career was
>marked by political controversy, especially over his role during the Nazi
>period in Germany.
>
>In the course of the evening, Rob Cowan, Richard Osborne, the historian
>Richard Evans and other commentators will attempt to discover the man
>behind the formal public mask, and evaluate the elements which made him
>arguably the greatest conductor of all time.
>7.30pm
>Who was Wilhelm Furtwangler? Rob Cowan looks at his background.
>
>7.35pm
>Wagner: Siegfried's Funeral Music (from Gotterdammerung) Berlin
>Philharmonic Orchestra/Wilhelm Furtwangler (recorded live in Berlin in
>1949)
>
>7.50pm
>Rob Cowan talks to the musicologist Eric Wen about the influence of
>Heinrich Schenker's system of musical analysis on Furtwangler's work.
>
>8.00pm
>Mozart: Symphony No 40 in Gm, K550 (1st movement) Vienna Philharmonic
>Orchestra/Wilhelm Furtwangler
>
>8.07pm
>Rob Cowan and Richard Osborne compare live and studio performances by
>Furtwangler.
>
>8.20pm
>Schumann: Symphony No 4 in Dm (movements 3 and 4) Berlin Philharmonic
>Orchestra/Wilhelm Furtwangler
>
>8.40pm
>Former players with the Berlin Philharmonic, the Philharmonia and the
>London Philharmonic recall their experiences of working with
Furtwangler.
>
>9.04pm
>Weber: Overture to 'Der Freischutz'
>Berlin Philharmonic Orchestra/Wilhelm Furtwangler (recorded live in
>Berlin, 1944)
>21:15
>
>The Furtwangler Legacy
>Continuing Radio 3's evening devoted to the career of the legendary German
>conductor Wilhelm Furtwangler.
>9.15pm
>Furtwangler was internationally renowned for his superb opera
>performances, and was also a sensitive Lieder accompanist. Some of the
>greatest singers of the 20th century, including Elisabeth Schwarzkopf and
>Dietrich Fischer-Dieskau, recall their experiences of working with him on
>a range of music from Mozart to Wagner
>
>9.50pm
>Wagner: Tristan und Isolde: excerpt from Act 1 Scene 3 Kirsten Flagstad
>(Isolde), Blanche Thebom (Brangane), Philharmonia Orchestra/Wilhelm
>Furtwangler (recorded in London, 1952)
>
>10.00pm
>Furtwangler is principally known as a specialist in the German classical
>and romantic repertoire. Rob Cowan and Richard Osborne discuss
>lesser-known aspects of his work in the baroque and 20th-century fields.
>
>10.10pm
>Hindemith: Turandot Scherzo (from Symphonic Metamorphoses on themes by Weber)
>Berlin Philharmonic Orchestra/Wilhelm Furtwangler (recorded live in
>Berlin, 1947)
>
>10.20pm
>The Man behind the Mask. Furtwangler's widow Elisabeth, Dietrich
>Fischer-Dieskau and Elisabeth Schwarzkopf shed light on the conductor's
>enigmatic personality.
>
>10.35pm
>The Last Beethoven: Furtwangler's Beethoven performances have never been
>surpassed. He conducted the Ninth Symphony for the last time at the 1954
>Lucerne Festival.
>
>Beethoven: Symphony No.9 (finale)
>Elisabeth Schwarzkopf (soprano)
>Elsa Calveti (mezzo)
>Ernst Haefliger (tenor)
>Otto Edelmann (bass)
>Lucerne Festival Chorus
>Philharmonia Orchestra/Wilhelm Furtwangler
>23:05
>
>The Furtwangler Legacy
>Concluding Radio 3's evening devoted to the career of the legendary German
>conductor Wilhelm Furtwangler.
>11.05pm
>Tully Potter, Michael Tanner and Richard Evans examine the controversies
>surrounding Furtwangler's role during the Nazi period in Germany.
>
>11.15pm
>The Legacy: What influence did Furtwangler have on a future generation of
>musicians? With Tully Potter, Michael Tanner, Daniel Barenboim and
>Christian Thielemann.
>
>23.30pm
>Furtwangler is remembered as a conductor - but he was also a fine
>composer. Perhaps his own music gives a clue to his enduring influence on
>successors such as Daniel Barenboim.
>
>Furtwangler: Symphony No 2 (1st movement) Chicago Symphony
>Orchestra/Daniel Barenboim (US premiere, recorded live in Chicago,
>2001)

______________________________________________________________________


«Lá como cá»

Re: BBC Vs. A2

Ocasião perdida? Já reparou que se refere a uma data evocativa que ainda está para vir, ou seja, dia 30 de novembro? Será que o seu instinto (hábito?) para "bater" é tão automático ou incontrolável, que já nem repara se "bate" antes ou depois do "pecado" cometido? É que, por acaso, há já 8 dias que planeei (em parceria com a Judite Lima) metade do meu alinhamento (a minha "quota") do Acordar a Dois desse dia 30, justamente, com gravações de Furtwängler. Nada que se compare à bitola da BBC, por certo. Ainda assim, sugiro-lhe que use a marreta, ao menos, apenas depois de nos ouvir... ou não?

PS: Já agora lembro-lhe que na véspera, dia 29, faz 80 anos que morreu Puccini, e no dia 9 de Dezembro faz 30 anos que morreu Jorge Croner de Vasconcelos. Evocaremos ambas as datas... muito modestamente.

Resposta

Por acaso passou uma vista de olhos pelo boletim de programação? É que, por acaso, há quem o leia antes de se manifestar, e também por acaso, há quem o consulte com atenção. Também por acaso, o boletim é elaborado com bastante antecedência, e por acaso a programação não costuma sofrer grandes alterações.
Não sei se tenho o instinto para / hábito de bater ou se há mais quem tenha, por acaso, a mania da perseguição.
Se critico a A2 por nela se falar muito e passar pouca música faço-o em relação à generalidade da emissão e não apenas ao seu programa, embora, e não vou deixar de o dizer, o seu programa seja, por acaso, dos piores nesse aspecto. Experimente cronometrar o tempo de conversa e o tempo de música... next!
Deixando os acasos, referi-me, como disse, à A2 no seu todo e não ao seu programa de 3 horas. Aliás, nunca se sabe o que vai sair de programas como o seu, o das 17 e o das 18. Como mero ouvinte tenho que me cingir à informação disponibilizada, e a disponibilização existente confina-se ao boletim de programação.

Não tanto sentido faz sentido referir-me a J. C Vasconcelos, pois o boletim de programação refere-o, precisamente no dia 30. Quanto ao universo operático reinante na A2 não tenho comentários a fazer. Mas se acha que esses nomes são mais importantes registo a sua opinião.

Em http://programas.rtp.pt/EPG/radio/epg-dia.php?datai=&dia=30-11-2004&sem=e&canal=2&gen=&time= pode ver-se que J. C. V. é referido em “12:00 MÚSICA PORTUGUESA”. Não vejo porque não se fez o mesmo em relação a W. F., por exemplo em “11:00 MÚSICA SINFÓNICA” ou até “14:40 AS GRANDES OBRAS CORAIS “ ou “20:00 NOITE DE ÓPERA”, por exemplo. Adoro a sinfonia nº2 de Sibelius, mas a mesma podia ir para o ar noutro dia.

Registo igualmente com agrado que tomou nota do acontecimento. Não sei o que poderá fazer com tão pouca antecedência e com tão pouco tempo. Por exemplo, a generalidade das obras que celebrizaram W. F., bem como as suas próprias obras, não são propriamente pequenas, ao nível das que se costuma ouvir no seu programa.
Do mesmo modo, a documentação existente sobre o mesmo W. F. é algo vasta. Por exemplo, o mais curto, no tempo, que vi e ouvi sobre o assunto foi um documentário de uma hora no canal Mezzo. Se prestar atenção à programação da BBC, é muito o tempo dedicado à discussão, além do dedicado à música.
Metade do seu alinhamento mal dá para, por exemplo, passar duas das mais célebres interpretações, como (mero exemplo) as famosas interpretações das nonas sinfonias de Beethoven e Bruckner em tempo de guerra, a não confundir com as do pós-guerra, incluindo a comercialmente badalada nona de Beethoven da reabertura do festival de Bayreuth, a cuja edição e retransmissão W. F. sempre se opôs, consciente do mau resultado da mesma, tendo apenas sido editada após a morte do maestro.
Permito-me ainda chamar a atenção para o facto de W. F. não ser muito referido na A2 (nem por sombras; ao contrário de nomes do universo operático), pelo que me atrevo a sugerir que anuncie o melhor possível aos ouvintes a temática.

Por último, recomendo aos que tiverem possibilidade de ouvir a BBC que o façam. Eu não tenho :-(

Re: Resposta

O Acordar a Dois (anunciámo-lo na semana passada, em antena) passou a agendar um alinhamento semanal de uma hora, das 8h00 às 9h00 (em lugar do convidado "prata da casa"), dedicado a obras de maior calibre. Na semana passada, o dia escolhido foi sexta-feira, altura em que emitimos o 1º andamento da 4ª sinfonia de Brahms, o adagietto da 5ª de Mahler, o 3º andamento da 9ª de Dvorak, além duma peça de 25 minutos do pianista Keith Jarrett (Concerto de Colónia). Esta semana, a dita hora destinada a obras de maior calibre acontece justamente na terça-feira, amanhã, e é integralmente dedicada a Furtwängler. O maestro alemão merecerá ainda destaque na 1ª hora (entre as 7h00 e as 8h00), com a emissão do 2º andamento da 9ª de Beethoven (versão do pós-guerra) e com a abertura da Sinfonia 40 de Mozart. Sabemos que podia ser mais... mas podia, também, ser menos. Na parte que nos cabe, Furtwängler ocupará quase 50% da emissão de 3 horas do Acordar a Dois. Não será o suficiente para os peritos, mas constituirá, espero, uma boa amostra, pelo menos de modo a aguçar o apetite dos que mal conhecem um dos melhores maestros de sempre.
Sugiro ainda que avalie a emissão da rádio pelo que ouve e não pelo que lê. Pode ser que depare com boas surpresas, nomeadamente nos programas em directo (que existem, de resto, em todas as rádios de referência, incluindo a BBC).
Mais lhe digo que, de facto, cronometramos o tempo de conversa, todos os dias (como poderiamos alinhar música sem fazermos as contas?), e que planeamos (aliás, emitimos), em cada hora, em média, cerca 45 minutos de música, aos quais se juntam, em média, 3 a 5 minutos de noticiário e 10 a 12 minutos de "palavra", ou seja, em média não "produzimos" mais do que 25% de conversa. By the way, sugiro-lhe que cronometre o tempo de conversa na BBC, nomeadamente no programa emitido diariamente, de 2ª a 6ª, em directo, conduzido por Sean Rafferty, cuja média de conversa é justamente... 25% do tempo de emissão. É certo que a conversa da BBC é bem mais interessante do que a nossa... mas, como costumam dizer os ingleses, "we try our best".
E deixo-lhe uma sugestão: sorria. É verdade que a rádio que fazemos não é a melhor do mundo, assim como todos reconhecemos que é esse o formidável selo distintivo da BBC. Sabemos, em suma, que temos, todos os dias, um caminho árduo a trilhar. Mas isso não significa que a rádio deva ser escutada em tom sisudo. Apesar dos nossos defeitos, divirta-se. E digo mais: se tiver coragem e se lhe apetecer, apareça. Será recebido com fair-play.

PS: Obrigado pelas dicas. Tentaremos ser razoavelmente criteriosos na escolha das gravações de Furtwängler, juntando aos registos da Deutsche Grammophon, por exemplo, os da Brilliant Classics... do antes e do pós-guerra.

Boa escuta.

Re: Re: Re:

Não sei porque me recomenda sorrisos. Fazia-os, em tempos, ao ouvir certos programas, mas mais porque me faziam lembrar coisas tipo «gato fedorento» (ou lá como se chama aquilo), e não porque me divertiam...

Já fiz as minhas cronometragens pessoais, e nunca deram nada, nadinha mesmo, que se parecesse com as suas, uma das razões porque voltei a ouvir outra emissora em vez da A2.
É realmente fantástico que o meu relógio ande constantemente avariado, pois ainda uma destas manhãs voltei a ouvir parte do seu programa, e em cerca de meia-hora não ouvi nem sequer dez minutos de música. Em compensação, o senhor e a sua colega falaram, falaram, falaram, falaram, de tudo e mais alguma coisa, menos duma obra que era suposto ouvir-se mas que entretanto desisti, porque tenho que trabalhar e não me interessava a conversa. É que sou cá um azarado, que sempre que tento ouvir música só me sai conversa, quase sempre sobre ópera italiana. Ainda por cima, fartam-se de referir transcrições, em lugar das obras originais, durante a conversa, conversa essa que me faz desistir de esperar pelas obras, e mudar de estação.
Custa-me verdadeiramente ler o que escreve. Como pode afirmar isso das cronometragens? É no mínimo absurdo. Mas como lhe basta afirmar uma coisa para ela passar a ser verdade, só porque o afirmou... Só quem não ouve o programa, e deve ser o seu caso, tão ocupado que está a falar, é que pode acreditar nessas proporções. Não deve ser o mesmo programa que por vezes ouço, ou então isso acontece nos dias em que não o ouço (que são cada vez mais), dias esses em que pelos vistos quase não se fala, ao ponto de inverter as percentagens!

Lamento imenso que tenha decidido transmitir Furthwangler pós-guerra. É uma opção típica de quem não aprofundou o assunto. E Mozart também não me parece, nem por sombras, a melhor opção, ainda por cima a sinfonia nº40, mas enfim, quem sou eu para opinar? Se quisesse seguir o alinhamento da BBC, que contempla essa obra, havia muitas mais opções, até melhores. Tanto quanto sei a A2 dispõe das famosas edições da Music & Arts, a julgar por uma informação que me foi facultada telefonicamente há já uns tempos.
Repare que deixou de fora o auge do maestro (antes e durante a guerra), incluindo as suas interpretações mais emblemáticas (durante a guerra), em favor duma fase má, apenas possível por interesses comerciais. Convém ter em conta que Walter Ledge (e esposa) contrataram vários músicos de renome (é cá uma lista!) que tiverem que «desnazificar» posteriormente, a maioria dos quais trabalhou com a sua Philharmonia Orchestra após a guerra, culminado neste caso na reabertura de Bayreuth... Houve pelo menos uma récita na Suíça que foi boicotada, o que não contribuiu em nada para animar o maestro. Os testemunhos que tive conhecimento mencionam um Furthwangler desmotivado, descrente, desanimado, longe do seu fulgor (dizem que se deixou morrer, em vez de combater a doença). Sinceramente, eu não escolheria nenhuma dessas versões para um programa evocativo.
Felizmente deixou de fora o quarto andamento. Ainda bem! Uf!

Voltando ao seu programa, bem pode anunciar tudo e mais alguma coisa, pois só quem o estiver a ouvir vai tomar conhecimento. Eu apenas leio o boletim, à procura de programas com mais música e menos conversa, e obviamente só por mero acaso poderia saber dos seus anúncios.

Obrigado pelo convite, mas eu trabalho, desde muito cedo mesmo (daí ouvir muitas vezes a vossa interminável conversa, quando procuro música), e não me posso deslocar a Cabo Ruivo (ou lá onde fica actualmente a RDP). Visitei uma vez a A2, ao fim do dia, e susceptibilizou-me bastante o esforço dos que ficaram lá depois da hora para receber uma quinzena de ouvintes curiosos.

Re: Re: Re: Re:

Só passámos Furtwängler do pós guerra? Não só eu lhe disse que passaríamos do pós E DO PRÉ, como, mais uma vez, falou da emissão sem a ter ouvido. Posso concluir que, no seu caso, é que é só conversa, só tese e teoria. Será que ouve rádio?
Para sua informação, de Furtwängler passámos o Scherzo da 9ª sinfonia de Beethoven (11'20''), versão de 1942. Passámos também a abertura da 5ª sinfonia, versão de 1926 (6'20''). Passámos ainda: Mozart, Sinfonia 40, versão de 1944 (5'27''); Marcha Fúnebre do Crepúsculo de Wagner de 1933 (8'09''); e a Gruta de Fingal de Mendelssohn de 1933 (10'05''). Com que então, não passámos Furtwängler do antes ou de durante a guerra?! E mais. Também passámos Schumann (Sinfonia nº4) de 1953 (7'51''), e Handel (Concerto Grosso nº 6) de 1954 (17'56''). Porque o Furtwängler também existiu depois da guerra, e essas gravações são documentos de inegável valor... mesmo que o senhor os despreze.
Já agora: a 9ª de Beethoven e o Mozart passaram integrados no alinhamento das 7h00 às 8h00 (juntamente com Verdi, Alkan, Beethoven op.132, Bomtempo, Mozart e Pescetti), e o resto passou das 8h00 às 9h00. Ou seja, das 8h00 às 9h00, durante 1 hora, passámos perto de 50 minutos de música. Sem palavra.
Está a ver como fala sem saber? Como fala de cor! Mas isso não lhe importa, certo? Porque você, em todo o caso, só quer mesmo é dar umas cacetadas... independentemente da realidade. Já nem falo do tom, como quem diz "eu é que sei... que miséria à minha volta". Quem o conheça que lhe explique o busilis.

Bom proveito.

Francamente!

Caro senhor,

Em "Nov 29, 04 - 10:06 PM" o senhor escreveu "...com a emissão do 2º andamento da 9ª de Beethoven (versão do pós-guerra)...". Por favor verifique.

Em "Nov 30, 04 - 12:42 AM" eu escrevi "Lamento imenso que tenha decidido transmitir Furthwangler pós-guerra". Por favor verifique.

O seu programa foi para o ar depois disso. Percebe?
Claro que falei sem ouvir; ainda não disponho duma máquina do tempo...
Mas se quiser, explico-lhe melhor o que significa "Nov 30, 04 - 12:42 AM". Parece-me que não o sabe.

Por isso, a maneira como conjugou o verbo "passar", bem como o resto das conclusões precipitadas que tirou, levam-me a perguntar, retoricamente, quem é que fala sem ouvir, neste caso sem ler?

Das duas uma, ou admite que errou, ou teremos que assumir que as acusações que me fez se aplicam a si. Por favor, releia os vários posts, sobretudo o seu último.

BTW, o programa da BBC, que consigui ouvir parcialmente, foi excelente.

Só faltava mais esta!

Com que então eu é que leio mal? A 29 Nov, eu escrevi a seguinte frase: "tentaremos ser razoavelmente criteriosos na escolha das gravações de Furtwängler, juntando aos registos da Deutsche Grammophon, por exemplo, os da Brilliant Classics... do antes e do pós-guerra." No dia seguinte, o senhor queixou-se de que nós íamos deixar de fora o período auge do maestro Furtwängler (a sua frase foi: "repare que deixou de fora o auge do maestro antes e durante a guerra"). Quem é que, afinal, leu mal os textos? Eu disse-lhe que ía passar música do antes e do pós guerra. O senhor só leu o pós. Está-se mesmo a ver que o senhor pretendia apenas exercitar o seu hábito de distribuir mais algumas cacetadas, independentemente da realidade.
E mais: insiste em opinar sem ouvir. Com que autoridade se critica um programa que não se ouviu? A partir de hoje posso depreender que cada comentário seu acerca dum programa de rádio tem como base o que leu (mal) sobre ele e não o que ouviu. Rico critério, e rico crítico!
Deixo-lhe mais uma sugestão: e que tal comentar os programas propriamente ditos em vez de perder tempo com comentários ao boletim ou seja lá a que texto fôr? Mais: que tal uma demonstração de hombridade saindo do anonimato? Já reparou que, só pelo facto de não assumir o seu nome, acaba por se deixar confundir com um cobarde: o homem que lança pedras escondido atrás dum pedregulho!
Por outro lado, afinal, dar a cara nunca foi, neste fórum, um talento seu... ou foi? Porque o seu hobby parece ser mesmo, apenas, o de lançar pedras. Não é de esperar, por isso, que assine tudo aquilo que tão facil e irresponsavelmente opina. Porque se assinasse teria que ter mais cuidado com a falta de verdade e as respectivas consequências, não é?

PS: Hoje passámos 47 minutos de música das 7h00 às 8h00. Na 2ª não medimos a duração da música pois a gestão do alinhamento pertence ao convidado. E na 3ª hora passámos 42 minutos.

Boa escuta (em vez de leitura)!

Resposta

1. Está a generalizar e julga que os outros fazem o mesmo. Apontei um caso concreto, comentei-o e justifiquei. A palavra «só» é uma invenção sua e unicamente sua, e já vai sendo um hábito. Volto a exortá-lo a ler melhor.
Escrevi "Lamento imenso que tenha decidido transmitir Furthwangler pós-guerra". Por favor verifique. Não está lá nenhum «só». Foi você que o inventou.
Dá-me mesmo vontade de dizer que «você, em todo o caso, só quer mesmo é dar umas cacetadas... independentemente da realidade. Já nem falo do tom, como quem diz "eu é que sei... que miséria à minha volta"». Percebe certamente porquê. Já no post anterior lhe chamei a atenção para me estar a acusar de atitudes que é você que tem vindo a assumir e estamos perante mais uma.
Admito que a frase que usei não foi a melhor escolhida, típico erro de passar mal para o teclado uma ideia, mas a leitura da minha justificação para não passar o "... 2º andamento da 9ª de Beethoven (versão do pós-guerra)..." é por demais clara, já que foi a minha única menção concreta ao pós-guerra. O que queria dizer era que estaria a fazê-lo em detrimento do “...auge do maestro antes e durante a guerra". Admito perfeitamente que não me expressei correctamente, mas mantenho que quem aqui tem o “hábito de distribuir mais algumas cacetadas, independentemente da realidade” não sou eu. E porquê? Veja-se a seguir:
2. Escreveu “insiste em opinar sem ouvir”. Nada mais falso. Continua a acusar-me de dispôr duma máquina do tempo. Desde o post de “Nov 29, 04 - 7:20 PM” que não escrevi um único comentário sobre o seu programa. Quem insiste no que quer que seja é o senhor. Exorto-o novamente a reler os posts. Está sempre a bater na vaca fria. O facto que não pode negar é que nunca mais comentei o seu programa. A sua leitura apressada é que não só confundiu as horas dos posts como insista em opinar sem prestar atenção. Teria tido muito gosto em comentar o seu programa, nomeadamente o de 31 de Novembro, mas, para o que aqui interessa, não o fiz, apesar de ser o senhor quem “insiste em opinar”, afirmando que o fiz. Continua a generalizar, acrescentando ao «só» um «sempre».
3. A sua observação em relação ao boletim é um disparate que nem sequer vou perder tempo a comentar.
4. Usar o anonimato é um direito que assiste a todos. Não estou interessado a receber hate-mail nem telefonemas anónimos, tal como já sucedeu a outros forenses no tempo do extinto fórum da A2. As suas ameaças subtis são um bom exemplo de porque não devo deixar o anonimato. Acresce que, além dessas ameaças veladas, também as suas acusações de cobardia vão no entanto para além do aceitável e estou certo que se excedeu involuntariamente. Não acredito que baixe tanto de nível como fez o seu colega J.R. quando em tempos insultou um forense.
No entanto, nem tenho quaisquer problemas em encontrar-me consigo, cara a cara, onde quiser, mesmo que aí na A2. Não creio que os meus cabelos brancos e a minha pequena estatura o assustem, pelo que não o vejo a esquivar-se. Isto apenas porque me parece, ou imensamente inexperiente em fóruns, ou imensamente intrigado a meu respeito. Essa inexperiência é notória, pois, assim como sei quem é um ou outro forense, há mais quem saiba quem sou, inclusive colegas seus. Provavelmente está-se a divertir, a jogar ao gato e ao rato... Espero que lhe faça bom proveito.
5. Ao fim ao cabo porque está tão assanhado, ao ponto de baixar de nível, com insultos e ameaças? Porque critiquei o seu programa, muito concretamente, ou apenas porque o critiquei tout-court?
Se entretanto modificou o seu programa, óptimo. É sinal que as minhas críticas tinham fundamento. Mas como pelos vistos nunca se engana nem erra (...), nunca o admitirá, apesar de o ter feito no seu primeiro post neste fórum, ou seja, deve ter sido um passarinho que lhe sugeriu que falassem menos, ou acordou um dia com essa disposição, etc. Ou então, fui eu que interpretei mal o seu primeiro post (ao qual tirei o chapéu) e nunca admitiu que falavam demais...
Quer-me no entanto parecer que o que o aborrece mais é ver apontados em público faux-pas seus. Convença-me do contrário. Mas sem insultos nem ameaças, por favor.

Vale a pena remar?

1. Aceito críticas (sobre programas emitidos e/ou escutados, claro)
2. Modifiquei e modifico o programa quase diariamente, depois de ponderar todas as opiniões para além da minha, ou seja, as dos meus companheiros de trabalho e as dos ouvintes (próximos ou distantes)
3. Não sei quem é o senhor páraquedista
4. Pegando na sua sugestão para um encontro em pessoa, reitero: se quiser pode aparecer na A2, num dia à sua escolha, durante, ou logo a seguir ao programa. Como já lhe disse, tentaremos recebê-lo com fair-play. Se quiser combinar algo de concreto basta enviar-nos um mail.
5. Para mim, o assunto que nos mobilizou por escrito nesta sequência de posts, a partir daqui, não tem mais razão de ser (pelo menos neste fórum). Talvez ao vivo, e até com a participação de outros... talvez se possa tornar viável... e mais interessante.

Boa escuta

Re: Re: Re: Re:

Ao acabar de ler a intervenção do forense Páraquedista, despertou-se em mim a vontade de antecipar o que que se encontrava já previsto no meu espírito: escrever algo sobre o novo formato do Acordar a 2, que deve ter já, seguramente, dois meses de vida e tendo já passado a fase da "incubadora" (onde será que eu ouvi isto ultimamente?).

Antes de mais, queria deixar bem claro o meu profundo agrado pelo novo formato do programa. As duas senhoras, Judite Lima e Ana Paula Russo, alternando com o responsável João Almeida, vieram trazer uma lufada de ar fresco às manhãs da, suponho, estação preferida dos visitantes deste forum. Os conhecimentos dos três aliados à escolha dos convidados da segunda hora (aqui, efectivamente, uns mais interessantes enquanto outros nem por isso) e de um outro via telefone na terceira, para além de outras rubricas, são, efectivamente, uma das mais valias da Antena 2. Sempre que tal me afigure possível, passei a ouvir incondicionalmente o programa, quase sempre na íntegra, sentindo-me bastante satisfeito com o que aquelas três personagens me proporcionam diariamente. As conversas entre música encontro-as pertinentes, informativas e, muito importante, não excessivas, num equilíbrio salutar que um programa matinal em directo deve proporcionar a quem o escuta. Infelizmente, não tenho possibilidades de ouvir nem a BBC nem nenhuma estação de um qualquer outro país europeu, salvo quando, por motivos vários, tenho de me deslocar ao estrangeiro. Mas o pouco que escuto não envergonha, bem pelo contrário, o que nos é proporcionado pelas manhãs da Antena 2.

Parabéns.

Re: BBC Vs. A2

João Almeida, o Mata Ratos, e são tantas as ratazanas nojentas neste fórum, também conhecido pelo esgoto. O pior é que entrar nele pode deixar o mau cheiro no corpo.