Leio por vezes alguém que compulsivamente atca a OSP. Acho que aquilo está além das suas forças: é compulsivo-repetitivo na plena acepção da definição freudiana. Não consegue controlar-se. Um caso com algum interesse analítico... Agora o que começa a ter laivos de perversidade é começar constantemente a falar (escrver) em desperdícios do herário público a propósito da OSP. Ou por que se vai contratar um reforço ou dois para a orquestra ou porque os músicos cometem erros e devia-se aplicar multas por cada erro. Isto é surreal mas o personagem é também ele surreal. O que não lhe coarta a piada. Tem piada sim senhor. Mas a perversidade está no facto que o sujeito sabe muito bm o que são desperdícios: salários milionários nas empresas de capitais maioritáriamente públicos seguidos de "reformas douradas", concursos com orçamentos inflaccionados e que depois não são cumpridos e (não queria falar nisto pois não é aqui que se verifica o grosso do desperdício mas há que dizê-lo) salários de docentes do ensino superior que são mantidos enquanto concluem o grau de doutor quando existem doutorandos disponíveis no mercado. E estes seguramente que ganham mais que os músicos da OSP! Por isso falar de espoliação do erário público no que respeita à OSP (com a qual nada tenho a ver, sublinhe-se) não só é hipócrita como assume um carácter perverso. Álvaro Sílvio Teixeira http://criticademusica.blogspot.com